13 de jun. de 2010

Papel e caneta

Eu senti. Senti novamente esta necessidade louca de pôr pra fora algo que eu nem sei mais o que é. Senti sim, mas o quê senti? Entre prantos e sorrisos e orgasmos e melancolias e prazeres e desprazeres. Estou na linha bamba, na tênue linha do nada. Cheguei ao ponto de não conseguir mais me segurar, esta é a minha necessidade vazia de reencontrá-las. Ah! Como eu senti falta! Como elas sentiram falta! Que belo dueto é participar de algo tão necessariamente desnecessário… É uma dor visceral, é um amor visceral… É visceral a razão pela qual me jogo do trapézio de cabeça, ombros, braços, pernas… de alma. Elas me agarram antes que eu me espatife no chão. E o deleite que é ao me agarrarem a garganta, me fazendo agonizar em um grito de terror.

A minha mudez é quebrada.


(03/02/10)

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