17 de jun. de 2010

Bicho ferido

Eu estou tratando minha tristeza com aspirinas, sorrisos falsos, prazeres surreais. Criei, meio sóbria, minha realidade meia boca. Preferi não sentir meu corpo dolorido, disfarcei feridas que fiz ao me debater pela liberdade que mancha minhas garras de sangue do meu sangue. Mordi a mão que tentou me amordaçar.

E escorraçada, eu me eriço taquicárdica, violenta, violada.

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