13 de jun. de 2010

Cigarro

Faz frio e estou sem casaco. Maldito inverno gelado. Eu ando pelas ruas opacas e resisto a pegar um cigarro. Minhas mãos coçam mas prometi a ela que pararia de fumar. Ela odiava meu vício de preencher com fumaça o vazio no peito e achava insuportável quando meu cheiro misturava-se com tabaco e solidão. Irrito-me em abstinência – não com ela pois por ela eu faço tudo – é o hábito antigo que me faz necessitar de ao menos um trago. Esfrego as mãos esperando que o atrito me aqueça e ignoro meu desejo por um maço de cigarro, de qualquer maneira, necessito-a mais.

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