13 de jun. de 2010

Lembranças de Lyra

Dome a dor. Mas dome-a devagarzinho, para que nela sempre possa confiar, dome-a sem chicotes, sem esporas, sem arreios. Dome como Belerofonte domou Pegasus ou como um dia, os índios do faroeste domaram seus cavalos. Vá com calma, ensine-a, vá lidando com persistência. Assim, quando ela estiver mansinha,mansinha… Você poderá galopar ao vento, de braços abertos, quando quiser, quando precisar. Se domá-la, ela nunca lhe fará mal, mas se a domina, amarrando, oprimindo, sufocando, um dia ela corcoveia contigo e te joga no chão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário