7 de ago. de 2010

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Hoje ao te visitar, percebi como o tempo pesa, e senti remorso por ter me afastado. Você é o único companheiro da minha guerra particular, o meu pilar, e vê-lo hoje, com seus olhos azuis límpidos e seu semblante ainda mais sereno deitar no meu colo, antigo e sábio como uma esfinge, senti temor dos dias que castigam lentamente seu corpo. Anos passaram e nossas percepções, voltadas sempre um para o outro, se tornaram mais agudas e pacientes. Compartilhamos da compreensão muda e recíproca que ultrapassa tudo, até o amor. E veja, sentei aqui para tentar lhe explicar o que já sabe de cor: eu não sei lidar com a morte e estou morrendo de medo.

3 comentários:

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  2. Aproveite, a partir do momento em que perceber que deve, cada segundo com quem ama como se não houvesse amanhã. Se acha que não deve, não terá porque se culpar, poderá somente se arrepender de não ter feito algo que pensou que não deveria fazer. Meu deus, filosofey.

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  3. ;'). Que palavras! Só o meu sábio duende que consegue tranpor tal sentimento.

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